A Construção do Amor


 Olá, você aí do outro lado! Pensou que eu tinha sumido, né?

Pois bem, resolvi tirar poeira desse blog, coitado, e contribuir pro fortalecimento da cena blogueira nesse país. Ultimamente, quando consigo parar pra escrever algo, é na newsletter. O lado bom dela é que como você precisa se inscrever, acaba sendo mais privado e me sinto mais solta pra citar nomes e etc HAHAHAHAH. Mas por outro lado, o blog alcança mais pessoas. Enfim. Caso tenha interesse, segue link pra se inscrever na minha news - porque mesmo aqui sendo ressuscitado, é lá que entrarei em mais....detalhes kk

Pensou que eu tivesse ido com deus né??

Enfim, tenho tantos assuntos rodando na mente agora que não sei se consigo falar sobre tudo sem transformar isso aqui num testamento, então vou começar pelo o que tá martelando na minha cabeça faz um tempo, voltando de várias formas diferentes::: como o amor se constrói. E vou começar isso pela ficção, porque é por onde eu consigo elaborar toda a minha vida sentimental e racional até HAHAHAHAHA

Ontem eu terminei de ver Live Up To Your Name, um kdrama na netflix que, em resumo, fala sobre um acupunturista da era Joseon que viaja no tempo, conhece uma médica que tem ~traumas com a medicina oriental e gosta de pagar de durona. Nos primeiros episódios, ela chega a tratar mal o homem porque vamo combinar né, um maluco aparece na sua frente com roupa da antiguidade, dando agulhada nos outros e te perseguindo pra todo o lado HAHAHAHAHAH qualquer mulher ia ficar cabreira. A gente que tá acompanhando a história sabe que ele não é um lunático, apesar de parecer. Ela inclusive chega a viajar de volta pro passado com ele sem querer, é um caos completo coitada, enfim. Mas aí, em algum momento depois do início, os sentimentos entre eles começa a mudar. É uma mudança tão sutil que só quem tem quase 30 anos acompanhando romances consegue perceber com maestria que VAI ROLAR kkkk, mas ela tá lá. O jeito como olham o outro tratando os pacientes, ou fazendo alguma coisa tipicamente da pessoa como soltar risadas estranhas do nada ou dar porrada nos outros.

Nunca me senti tão solteira na minha vida, puta que pariu!!!

Desde que esse processo começou eu tô com isso na cabeça, porque esse é o ponto central de qualquer romance com desenvolvimento gradual. O momento em que os sentimentos começam a mudar, quando foi? O que fez mudar? Na vida real, a gente não sabe identificar na maior parte do tempo, mas na ficção a tendência é criar uma demarcação, uma cena específica onde a pessoa se dá conta de que opaaaa, to gostando de fulanim!! Só que nos c/kdramas não tem esse ponto. Você tá lá assistindo sem ter muita certeza se vai dar romance (se não for o gênero da história), aí você identifica os indícios de que VAI TER SIM e fica na expectativa, e aí quando vai ver PLAU TÃO APAIXONADOS e isso não fica absurdo. Fica absolutamente natural.

Live Up To Your Name é um drama de fantasia com doses de comédia e na capa aparece os dois mocinhos, então sabia que tinha a possibilidade do romance (porque quase sempre que tem um homem e uma mulher como protagonistas, vai rolar). Mas aí minha gente, ver ele florescendo ali bem na sua frente é PRICELESS! E agora to aqui, pensando em como aplicar isso em forma de prosa nas minhas histórias. Porque assim, no audiovisual você tem ajuda do olhar, do contato físico, da dinâmica ali entre os atores, mas na escrita? É você, sua capacidade de narrar os acontecimentos e a imaginação do leitor. Um desafio que ainda não exercitei, porque nunca escrevi uma história o suficiente pra chegar na parte do amor HAHAHAHAHAHAHA

Espero chegar lá um dia né, pelo amor de DEUS. Porque só vou aprender de fato escrevendo.

***

Um breve adendo seguindo a vibe do amor, mas agora em outra frente: ando meio reflexiva. Primeiro, ando pensando muito sobre a forma como eu vivencio o amor. Não é uma coisa muito frequente pra mim e é até difícil de acontecer. Todos os meus amores até hoje foram platônicos, não correspondidos ou cultivados porque a outra parte gostava de mim. E sempre me senti estranha, era como se eu não amasse por completo ou não amasse da forma "certa", como todas as outras pessoas demonstram sentir, como a própria ficção e mídia mostram. CURIOSAMENTE muito parecido com a minha jornada com a assexualidade né, até pensei que isso era devido ao fato de eu não sentir atração sexual de forma "tradicional". Mas agora tô aqui, mais de quatro anos desde que me entendi ace, já vivi situações românticas sendo ace e essa Questão continua. O que me lembra que também já pensei muito sobre arromantismo. 

Ainda tô pensando muito sobre isso pois inúmeras variáveis que eu como doida preciso analisar e dissecar, mas enfim. Façam suas apostas se quiserem kkkk.

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O que estou ouvindo

Se você chegou aqui pelo meu twitter, você já sabe: exo, muito exo HAHAHAHAH. E agora também o novo álbum solo do Suho.

Inclusive, aproveitar pra falar mais um pouco sobre amor, só que de outro tipo: amor de fã. É algo que eu inclusive pretendo estudar no doutorado, porque é muito louco. Suho, nome real Kim Junmyeon,  passou dois anos servindo no exército coreano e com isso ele não podia fazer atividades ligadas ao grupo e tals, é uma fase em que os idols ficam mais reclusos. E como eu virei exol no meio do ano passado e eu não curto balada (consequentemente não ouvia muito as músicas dele), era como se eu não conhecesse ele de fato. É engraçado isso, porque o Baekhyun também tá lá no PORÃO DO EXÉRCITO mas criei um vínculo com ele através do trabalho solo. Enfim, eis que dois meses atrás Jumião (meu apelido carinhoso pra ele) postou no dia da dispensa uma cartinha escrita à mão no seu perfil do instagram, e daí por diante foi só ladeira abaixo KKKKKKK

Gente, eu sou fã do Xiao Zhan. Esse homem vive enfiado num BURACO e nem culpo ele, porque as pessoas são LOUCAS e ele acabou de sair de uma merda gigante envolvendo fandons e a c-indústria. Mas é aquilo, a gente passa fome. Quase choro quando ele posta selfie, pelo amor de deus. Ele devia ter MISERICÓRDIA da gente!!! Daí chega Jumião com uma SURRA de atualizações praticamente todo o dia, escreve horrores no bubble (app de mensagens com os artistas), posta story, foto, faz live aleatoriamente, encontro com fãs, o caralho a quatro. O homem está SEDENTO, demonstrando todo o seu amor e gratidão pelos fãs e a gente aqui recebendo tudo atordoadas porém extasiadas quase uma surra de pica. A conclusão? Sim, APAIXONEI. Sou fácil assim kkk

Essa é a foto que me fez soltar um grito e algumas lágrimas.
A que ponto chegamos kkk

E aí é aquilo né, a gente vai conhecendo aos poucos a personalidade do seu ídolo, seus gostos, ideais e por aí vai, e a paixão vai sendo alimentada, criando padrões muito altos num geral. Ainda mais que na cultura do kpop, a indústria cresce totamente baseada nessa exploração da relação entre fã e ídolo, é vendida uma imagem de namorado perfeito e etc. Outra coisa que pretendo dissecar com estudos!! Enfim, onde quero chegar é que não há mais PESSOA pra mim nesse mundo que não seja um dos meus dois maridos. 

Aí no mesmo dia o Jun me posta ISSO AQUI
O QUE É ISSO, UM DEUS???

Se eu já tava estragada antes, agora tá pior HAHAHAHAHHA

Enfim, desde o dia 04/04 tenho ouvido obssessivamente Morning Star, que me lembra muito rockzinho britânico leve sabe? Ai, gostoso demais (a música e o cantor):

Também estou ouvido obsessivamente duas músicas da Maggie Rogers, uma em especial. Meu coração pode ter se rendido ao pop coreano, mas minha alma SEMPRE será indie folk. Obrigada por existir uma música como Alaska!!


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Fora isso, estou apenas tentando sobreviver em meio à vários empregos e empreitadas pessoais. Espero conseguir voltar mais vezes porque puta merda, eu preciso escrever. 

Até a próxima!

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